A mãe da adolescente de 15 anos, Luana de Almeida Nascimento, "Luana Gomes", que foi torturada e executada à tiros no residencial Orgulho do Madeira, por uma facção criminosa no último 28 de dezembro, quebrou o silêncio e falou pela primeira vez com a imprensa.
Muito abalada pela perda da filha, a mãe que não será identificada na reportagem, relembrou os momentos de infância, quando pegava na mão da filha e conduzia até a escola e padaria.
"Não deixava minha filha sozinha, sempre estava com ela, mas chegou a adolescência, ela me pediu para andar mais sozinha", lembrou.
A mãe de Luana afirma que cedeu o pedido da filha, e foi neste momento que iniciaram os sumiços, e descobri que ela achava bonito namorar alguns garotos que faziam parte da facção, mas nunca permitir eles adentrarem minha residência.
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Dias antes do crime, a mãe informou que, através de uma ligação membros do Comando Vermelho ofereceram uma "proteção" à família. Em resposta, a mãe informou que o único que protegia a vida dela, era Deus. Após quatro dias, Luana, teria buscando essa "proteção", mas acabou sendo torturada e executada.
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No dia do crime, a mãe informou que não saiu da residência, e que tinha uma pessoa ameaçando Luana na porta, por isso ela saiu para em busca da "proteção".
"Estou morta junta com a minha filha, e o que me mantém com esperança é a justiça no caso. Eu mesmo nunca bati na minha filha, e esses monstros fizeram isso com ela", desabafou a mãe.
Finalizando, a mãe informou que Luana conhecia a outra jovem, Bianca, que também foi morta pela uma facção, e que inclusive, elas chegaram a namorar um homem da mesma facção.