O vídeo mostrando bandidos armados, disseminado através do WhatsApp provocou pânico em Vilhena e fez com que algumas mães impedissem que os filhos fossem a três escolas da rede pública na cidade esta semana. O episódio mostra a força da ferramenta para criar o caos, já que não há qualquer menção, por parte dos marginais, a eventuais ataques aos estabelecimentos de ensino.
Na filmagem, os criminosos, supostamente ligados ao Primeiro Comando da Capital, apenas mencionam o nome de Vilhena. Ao compartilhar a peça, algum dos usuários do aplicativo acrescentou a tal ameaça de massacre contra alunos e a informação (errada) viralizou. Vídeos anteriores, com o mesmo teor, também mostram bandidos falando de outras cidades, como Jaru e Ji-Paraná, mas nenhuma delas sofreu ataques desde a semana passada, quando as supostas ameaças foram feitas.
O FOLHA DO SUL ON LINE ouviu dois policiais, um de Vilhena, outro de Cerejeiras, que analisaram o vídeo e descartaram a possibilidade de os bandidos atacarem as escolas. Ambos os entrevistados explicaram que este tipo de ação digital tem como objetivo tentar intimidar facções rivais através de ameaças.
Os dois policiais também destacaram que, pelas imagens, os integrantes do bando são de outros Estados. Um dos entrevistados apontou ainda que o áudio que acompanha o vídeo pode ter sido propositalmente editado para causar pânico em cidades de Rondônia.
Clique abaixo e assista o vídeo que já foi compartilhado milhares de vezes através do aplicativo de celular.