A Polícia Civil do Amazonas prendeu no último final de semana, por meio de mandado judicial, no município de Boca do Acre, a 1.028 quilômetros de Manaus, um homem de 29 anos denunciado por estuprar a própria enteada dele, uma adolescente de 14 anos. Segundo a polícia, os estupros foram cometidos pelo padrasto durante o período de um ano.
A prisão foi realizada por policiais da 61ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), sob o comando do gestor da unidade policial, Nivandro Torres. Segundo Torres, o homem foi preso na casa onde ele morava, na rua Doutor José Costa, bairro Platô do Piquiá, em Boca do Acre.
Aas investigações em torno dos estupros iniciaram em novembro de 2018, quando vários casos chegaram ao conhecimento da polícia por meio do disque 100, da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.
“Deflagramos em Boca do Acre, no dia 31 de janeiro deste ano, a operação ‘Inocência’, com o intuito de averiguarmos a veracidade dos estupros relatados, envolvendo crianças e adolescentes. Nesse caso, especificamente, a mãe da vítima, quando foi informada sobre os estupros, confrontou o companheiro e obteve como resposta que ele iria continuar mantendo relações com a adolescente, pois a vítima, na condição de filha da companheira dele, era como se fosse a própria mulher dele. Diante dessa justificativa, mãe e filha fugiram para outro município em maio de 2018”, disse Torres.
Segundo ele, a vítima relatou que os abusos sexuais começaram quando ela tinha 13 anos. Na época, o padrasto a levava para uma fazenda situada no Km 60 daquele município, onde ele trabalhava. “Ele tirava as roupas dela, passava as mãos no corpo da adolescente e pedia que ela não contasse para ninguém o que acontecia entre os dois. Quando a vítima completou 14 anos, eles passaram a manter relações sexuais constantemente e ele batia na adolescente e a ameaçava de morte com uma faca ou terçado, caso ela não cedesse aos ataques”, explicou.
O homem foi indiciado por estupro de vulnerável. Ao término dos procedimentos cabíveis na 61ª DIP, ele será mantido na carceragem da unidade policial, à disposição da Justiça. Para concluir, Nivandro Torres pede às pessoas que tenham sido vítimas de práticas criminosas da mesma natureza, envolvendo crianças e adolescentes, para formalizarem as ocorrências. “Garantimos o sigilo das informações”, concluiu.