O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou nesta quinta-feira (20) a esposa de Nem da Rocinha, Danubia de Souza Rangel, e sua irmã por lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, as duas suspeitas utilizavam um salão de beleza para realizar a prática.
De acordo com a denúncia, Danúbia receberia R$ 30 mil por semana da facção criminosa que controla o tráfico de drogas na comunidade para ser o braço direito de seu esposo, preso em Porto Velho, Rondônia, região norte do Brasil. Anualmente, o valor total seria de R$ 1,44 milhões por ano.
Para camuflar os valores recebidos, Danúbia e sua irmã abriram um salão de beleza na Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. O estabelecimento era registrado legalmente em cartório, mas não exercia atividade econômica, popularmente conhecida como “comércio de fachada”.
A dupla denunciada também tentaria lavar o dinheiro com a compra de joias, participações em sociedades, entre outras atividades.
De acordo com o MP-RJ, a empresa costumava fazer movimentações financeiras de dinheiro em espécie, com origem de ações ilegais da facção.
A empresa também não apresenta informações de receita bruta, quantidade de funcionários, gastos e despesas operacionais, valores recebidos por cartões ou dívidas do salão.
Presa há um ano
Danúbia, conhecida por Dada, Xerifa da Rocinha e Patroa, foi presa em outubro de 2017 próximo à comunidade do Dendê, na Ilha do Governador, zona norte da cidade. A esposa de Nem foi condenada pelos crimes de corrupção ativa, associação para o tráfico de drogas e tráfico de drogas.