Os trabalhadores do Sistema Petrobras iniciaram uma greve nacional por tempo indeterminado a partir da zero hora desta segunda-feira, 15 de dezembro de 2025. O movimento, coordenado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), começou forte, com a interrupção das atividades em diversas unidades do país.
Segundo a FUP, já na madrugada houve a entrega da operação das plataformas do Espírito Santo e do Norte Fluminense às equipes de contingência da empresa. No Terminal Aquaviário de Coari, no Amazonas, a adesão ao movimento foi de 100%.
Pela manhã, seis refinarias nas bases da FUP também aderiram, interrompendo o revezamento de turno às 7 horas. Estão sem troca nos grupos de turno as refinarias Regap (Betim/MG), Reduc (Duque de Caxias/RJ), Replan (Paulínia/SP), Recap (Mauá/SP), Revap (São José dos Campos/SP) e Repar (Araucária/PR).
Motivos da Paralisação
A decisão da greve foi tomada após a rejeição da segunda contraproposta da estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). As entidades sindicais consideraram a proposta insuficiente.
Os sindicatos defendem três pontos centrais nas negociações:
Planos de Aposentadoria: Busca por uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que impactam aposentados e pensionistas.
Cargos e Salários: Exigência de melhorias no plano de cargos e salários, garantindo recomposição sem aplicação de mecanismos de ajuste fiscal.
Pauta pelo Brasil Soberano: Defesa da manutenção da Petrobras como empresa pública e de um modelo de negócios voltado ao fortalecimento da estatal.
A FUP afirmou que a empresa não apresentou respostas conclusivas sobre os PEDs, tema discutido há quase três anos, nem ofereceu soluções consistentes para outras pendências acumuladas durante o processo de negociação.
Posicionamento da Petrobras
Em nota, a Petrobras confirmou o registro de manifestações em suas unidades devido ao movimento grevista. A companhia destacou que adotou medidas de contingência para garantir a continuidade das operações.
A estatal informou que, até o momento, não há impacto na produção de petróleo e derivados e garantiu que o abastecimento ao mercado está assegurado. A empresa reforçou que respeita o direito de manifestação dos empregados e mantém canal de diálogo aberto para concluir a negociação do acordo coletivo.









































