Os números do Boletim Agro da Serasa Experian mostram que Rondônia vive um cenário mais equilibrado que o restante da região Norte no que diz respeito à inadimplência no crédito rural. Entre os estados nortistas, Rondônia apresenta uma das menores taxas gerais de atraso, fechando o período com 10,2%, abaixo da média regional, que é de 12,1%. Mesmo assim, o crescimento em relação ao ano anterior acende um sinal de atenção para produtores de diferentes portes.

No recorte por categoria, Rondônia mantém índices relativamente controlados: pequenos proprietários registram inadimplência de 9,9%, médios ficam em 11,7% e grandes produtores marcam 12,1%. Esses patamares são mais baixos que os de estados como Amapá, onde o total chega a 19,5%, e Roraima, que alcança 13,0%. Porém, os dados também mostram que todos os estratos de Rondônia tiveram aumento no comparativo anual, com destaque para médios produtores (+3,0%) e grandes proprietários (+2,4%).

Esse avanço indica que, embora Rondônia apresente desempenho acima da média regional, os produtores ainda enfrentam pressões típicas do setor, como custo dos insumos, desafios logísticos e impactos climáticos nas safras. A variação de preços do milho, da soja e do boi gordo, por exemplo, afeta diretamente a renda de quem depende do financiamento rural para tocar as atividades no campo.
Especialistas apontam que o comportamento da inadimplência reforça a necessidade de fortalecer o planejamento financeiro das propriedades, ampliar o acesso à assistência técnica e orientar melhor os produtores na contratação de crédito. O Boletim Agro da Serasa destaca que a evolução dos números deve ser acompanhada de perto, já que Rondônia é um dos pilares do agro na Amazônia Legal e possui forte participação em cadeias como carne, leite e grãos.











































