A compra da Warner Bros pela Netflix, anunciada nesta sexta-feira (5), movimentou o mercado global de mídia e entretenimento. A operação, avaliada em US$ 82,7 bilhões (cerca de R$ 441 bilhões), levantou dúvidas sobre como a gigante do streaming pretende financiar um dos negócios mais caros da história do setor.
Segundo a Bloomberg, a resposta está em um empréstimo ponte de US$ 59 bilhões (aproximadamente R$ 315 bilhões). Esse tipo de financiamento, comum em grandes fusões e aquisições, fornece crédito imediato enquanto a empresa busca alternativas mais estáveis, como emissão de títulos corporativos ou linhas de longo prazo.
O modelo funciona em duas etapas:
- Um banco — ou pequeno grupo de instituições — disponibiliza o valor inicial para garantir a compra;
- Após o anúncio público da aquisição, outros bancos entram na operação, diluindo os riscos e reforçando o montante total.
No caso da Netflix, o empréstimo foi estruturado por um consórcio que inclui Wells Fargo, BNP Paribas e HSBC. Embora expressivo, esse não é o maior financiamento do tipo já registrado. Em 2015, a Anheuser-Busch InBev obteve US$ 75 bilhões para comprar a SABMiller, no que se tornou o maior empréstimo ponte da história.
O empréstimo de Elon Musk durante a compra do Twitter, em 2022, também é um exemplo famoso da modalidade, embora tenha se tornado um dos negócios mais problemáticos desde a crise financeira de 2008.
A aquisição da Warner Bros ainda depende de aprovação regulatória e pode levar meses para ser concluída. Até lá, a Netflix segue estruturando as bases financeiras para consolidar um dos maiores movimentos estratégicos já realizados por uma empresa de streaming.
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