Contemplado no Edital Nº 01/2024/SEJUCEL – Lei Paulo Gustavo, o projeto de videoarte tem o intuito de trazer a arte teatral em versão de Libras (Língua Brasileira de Sinais), buscando unir linguagens para destacar os contos, mistérios e lendas amazônicas, fazendo a junção da equidade social com a valorização regional.
Idealizado pelo professor e mestrando em Educação, Jonathan Ignácio, a proposta ganha um formato inovador de acessibilidade, mostrando o potencial de cada artista rondoniense da comunidade surda.
Escolha do local:
Através da potência do Rio Madeira, Jonathan enfatiza a importância da mostra da vitalidade regional, de o quanto temos de riquezas naturais ao mostrar como cenário para quem ainda não conhece o espaço ou até o próprio Estado com suas crenças e vivências. O ambiente escolhido foi a Vila Candelária e o Cemitério Santo Antônio.
Inspiração
A inspiração foi viabilizada por meio de temas regionais folclóricos, seguindo um roteiro popular, e a busca de aproximar a arte e a cultura, atravessando as relações sociais, trazendo também a democratização do conhecimento para o público, tanto escolar quanto da comunidade.

O idealizador Ignácio trouxe primeiro para si a compreensão e domínio do tema, buscando contatos de quem convive com a sala de aula há anos. A professora Nair Gurgel foi uma de suas escolhas como impulsionadora de aprendizado, sendo conhecedora da cultura regional, com vasta experiência teórica e prática sobre o assunto narrativas amazônicas, e um de seus livros, “Acredite se quiser”, conectou-se assim à adaptação de sua narrativa para a execução. A ideia surge com o anseio de trabalhar com o mistério amazônico e trazer para o público que ainda não tem oportunidades de ter ao seu alcance o saber do que o audiovisual pode oferecer.
Relação entre teatro e Libras:
O idealizador pontua que suas vivências enquanto colega de pessoas surdas ajudaram a despertar esse interesse com essa aproximação do tema, observando expressões e movimentos em cursos específicos da área, influências que, inclusive, fazem parte como atores da videoarte. Um dos articuladores se chama Danilo, presidente da Associação de Surdos e professor de Libras, que se dispôs a refletir sobre a realidade do enfrentamento do que é vivido pela falta de acessibilidade ainda em alguns lugares de Porto Velho, tendo em vista que há uma busca da melhor articulação pelo cidadão através das políticas sociais e sempre se propõe como um dos líderes para combater preconceitos de inclusão na vertente social, digital, multimídia, artística ou em qualquer outro meio. Os atores surdos Hiarley Silva, Joana Leite e Neuranir Santos também fizeram parte de cenas relevantes, dando vida aos personagens.
ELENCO:
@profdanilo_libras
@hiazx7
@joanaalessandra6692
@neuranirsantos
Equipe técnica:
Roteiro e direção: @jonathanign
Gravação e edição: @lisieegrunewald
Direção e interpretação de Libras: @rosescsouza
Produção: @alexiamille e @mateuspurubora
Apoio: Associação de Surdos de Porto Velho @aspvh
Locais de exibição:

“Sempre tive essa vontade de oferecer essa aproximação do teatro com a linguagem de sinais, na qual eu convivo, e que eu pudesse envolver recursos, podendo reconhecer e evidenciar que os atores surdos com potencial consigam se fortalecer, promover o diálogo, impactando a sociedade. Foi a busca do viés do olhar pela educação, por ser um tema interessante para trabalhar em escola, e é algo que está presente no povo”, destaca o professor Jonathan Ignácio.










































