Sobre as águas amazônicas e sobre o olhar atento do pai-da-mata, a mulher resiste bravamente no seu prodigioso mundo beiradeiro. Suas forças nunca cessam, seu olhar não perde o brilho e a sua divinal e imaculada fé comtempla a sua obstinada luta pelo pão.
A sua generosidade imensurável não se rende a mediocrização mendaz da derrocada humana. Na benevolente alma da mulher beiradeira não há lugar para a insolência descomedida da segregação urbana doentia.
Ela é a harmonia embelecida com a natureza, é a estesia fabulosa ornada de flores, é a imensurável mulher benévola e sem mácula, é radiante e relutante diante da árdua sobrevivência, e é a volúpia inenarrável do prazer prodigioso dos sentidos.
Na exaltação dadivosa da vida, a mulher beiradeira resiste obstinada aos obstáculos do mundo moderno, e na sua resplandecente magnitude, ela se torna a transcendental luz de empoderamento e empatia ontologicamente vivida.
Apropriada de sentimento e pertencimento, ela é o enraizamento simbólicos das águas amareladas do Madeira. Apesar do apagamento e invisibilidade a que é submetida pela fragilidade de políticas públicas que a reconheça, ela não se rende aos malefícios da sociedade envolvente em ascensão. Ela é a colossal e generosa mulher beiradeira. Viva!










































