O Sarau “Corpos que Falam, Vozes que Lutam” transformou o Mercado Cultural de Porto Velho, na noite desta quinta-feira (20), em um espaço de celebração, reflexão e resistência. O evento integrou a mobilização internacional 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher e contra o Racismo e reuniu artistas, empreendedores e o público em apresentações musicais, performances e debates sobre identidade e justiça social.
Segundo Anne Cleyane, coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, o encontro buscou promover reflexão e mostrar como a arte pode transformar vidas. “Esse sarau tem como objetivo reunir a população para uma reflexão de como a arte pode transformar vidas”, afirmou.
Arte como resistência
A programação destacou artistas que utilizam suas produções para evidenciar realidades e resistências presentes na capital. Temas como ancestralidade, racismo estrutural, violência de gênero e direitos humanos ganharam espaço no palco e reforçaram a importância da cultura afro-amazônica na luta por igualdade.
O músico Salatiel Alecrim, da Banda Leão do Norte, destacou a relevância de participar do sarau. “A gente não fala só do amor e da paz, mas do que a gente vive aqui na terra como beradeiros”, disse.
Empreendedorismo e valorização cultural
Além das atrações artísticas, o público teve acesso a uma feira regional com artesãs, artistas plásticos e empreendedores locais. O espaço valorizou práticas tradicionais, a arte indígena e o trabalho de mulheres negras da região. Para a artista visual Amanda Peres, participar do evento fortalece vínculos culturais. “Eu faço um trabalho voltado para a memória e o afeto, e transformo isso em obras de arte, como essas pinturas que trouxe para o sarau”, explicou.
Um grito coletivo por direitos
O Sarau “Corpos que Falam, Vozes que Lutam” foi realizado pela Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres (CPPM), em parceria com a Funcultural, e contou com apoio da Rede Amazônia Negra. A Prefeitura de Porto Velho reforçou que iniciativas como essa ampliam ações de combate ao racismo e à violência contra a mulher, fortalecendo vozes e mantendo viva a luta por igualdade racial e de gênero em todo o município.











































