As negociações da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) entraram em seu ponto decisivo. Na manhã desta sexta-feira, 21 de novembro, o presidente do evento, embaixador André Corrêa do Lago, convocou os países participantes a alcançarem um consenso, enfatizando que não se deve encarar os resultados da COP em termos de vitória ou derrota, mas sim de cooperação internacional pelo bem comum do planeta.
“Sabemos o quanto há de obstáculos para colocar palavras em prática e como é muito difícil chegar a consensos. Mas nós nunca podemos esquecer que o mesmo consenso que às vezes nos exaspera (…) fortalece este regime. Temos que mostrar que esta é a COP em que consenso é força”, declarou o embaixador. Ele reforçou a necessidade de união, dizendo que os países não podem se dividir no contexto do Acordo de Paris.
Para Corrêa do Lago, pelo menos três objetivos centrais estabelecidos pela presidência brasileira serão alcançados: o fortalecimento do multilateralismo, a conexão dos debates da COP à vida das pessoas e a aceleração da implementação do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
Relevância da Amazônia e Solidariedade no Incêndio
O presidente da COP30 também ressaltou a importância de sediar o evento em Belém, na Amazônia, como forma de destacar a preservação do bioma. “Ao organizar esta COP na Amazônia, o presidente Lula quis que o mundo visse não apenas a beleza forte desse bioma incrível, mas também os desafios que nós temos que desenvolver”, afirmou o embaixador.
Durante a abertura da plenária informal, Corrêa do Lago fez menção ao incêndio que destruiu parte dos pavilhões na quinta-feira, 20 de novembro. Ele utilizou o episódio como um exemplo de apoio coletivo, que deveria ser levado para a mesa de negociação. “Isso nos lembrou da nossa vulnerabilidade compartilhada e de como instintivamente agimos juntos em momentos de crise. Eu gostaria de agradecer a todos pelo profissionalismo e solidariedade,” concluiu.





































