As convenções do Clima (UNFCCC), Biodiversidade (CDB) e Desertificação (UNCCD), todas criadas durante a Eco92, no Rio de Janeiro, iniciam um trabalho de convergência para uma agenda comum durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA). O objetivo é integrar as ações e aumentar a efetividade no enfrentamento das crises ambientais.
A vice-secretária executiva da UNCCD, Andrea Meza Murillo, destacou que a fragmentação de relatórios, métricas e planos entre as convenções está prejudicando a eficácia global. As COPs climáticas são anuais, enquanto as demais se alternam a cada dois anos.
“Toda essa fragmentação não está nos ajudando a ser efetivos. As sinergias são mais sobre como podemos planejar de modo integrado, entendendo que a natureza é tão importante para o clima que você não pode enfrentar os desafios se você não considerar o manejo do solo”, explicou Andrea Meza.
Necessidade de Soluções Integradas
O desafio é fazer com que o volume de informações e decisões se traduza em ações eficientes nos territórios. Segundo Andrea Meza, os pequenos agricultores, por exemplo, não sabem se o problema que enfrentam é decorrente de uma questão climática ou de degradação do solo. Eles precisam de soluções integradas.
A secretária executiva da Convenção da Biodiversidade, Astrid Schomaker, sugeriu a revitalização de um grupo de trabalho da ONU. A meta é promover orientações convergentes aos países em áreas como agricultura, sistemas alimentares e florestas.
Um exemplo dessa integração é o lançamento do Programa Raiz na COP30. A iniciativa, promovida pelo secretariado da Convenção de Desertificação, visa acelerar a meta de zero desertificação. O programa busca desbloquear recursos e reforçar que “solos saudáveis são o alicerce da segurança alimentar e da segurança hídrica”.








































