No Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, celebrado nesta quarta-feira (19), a Rede de Mães Atípicas Empreendedoras destaca um avanço significativo. Criado em 2022, o coletivo chega ao fim de 2025 com quase 200 mães cadastradas, que conciliam o cuidado de filhos com deficiência com a geração de renda.
A rede reúne mulheres que atuam em diversos segmentos, como artesanato, culinária artesanal, crochê, bordados, pirografia, ateliê criativo e moda regional, além de representantes de marcas de roupas, joias e cosméticos. Entre as participantes, há expositoras de feiras, vendedoras exclusivamente on-line e microempresárias com ponto comercial nos setores de moda, beleza e alimentação.
Parcerias que ampliam oportunidades
Com crescimento constante, o coletivo tem fortalecido sua atuação institucional. A rede consolidou parcerias com o TRE-RO, MPT, IFRO, Unir, Assembleia Legislativa, Prefeitura de Porto Velho e organizadores de eventos anuais da capital. Esses apoios ampliam espaços de exposição, capacitação e desenvolvimento profissional.
Desenvolvimento das empreendedoras
Para a coordenadora Eliane Guatel, o resultado mais expressivo é a evolução individual das mães.
“As oportunidades nos estimularam a potencializar os nossos negócios e aprimorar os produtos. Hoje trabalhamos organizadas e uniformizadas, o que causa boa impressão em qualquer evento”, afirma.
Em 2026, uma das metas é ampliar investimentos por meio de novas parcerias, com capacitações em gestão, marketing, vendas, organização financeira e posicionamento profissional.
Empreender como ferramenta de transformação
Eliane destaca que o empreendedorismo tem sido essencial para mães que não podem manter um emprego formal devido à rotina de cuidados.
“O empreendedorismo transforma, melhora a autoestima e traz a realização de poder investir mais no filho com deficiência por meio da renda extra”, explica.
Ela própria viveu essa mudança. Ex-gerente de restaurante, ficou afastada do mercado após o nascimento da filha autista.
“Eu enfrentava um quadro de depressão quando o empreender entrou na minha vida. Foi uma luz. Digo que fui salva por Deus e pelo empreendedorismo”, relata.
Para Eliane, o objetivo agora é expandir o coletivo. “Nossa rede não tem limite. Vamos agregar o máximo de mães atípicas possível para que vivam essa transformação.”




































