O Governo do Distrito Federal (GDF) indicou o atual superintendente da Caixa, Celso Eloi de Souza Cavalhero, para assumir a presidência do BRB (Banco Regional de Brasília).
Cavalhero, servidor de carreira da Caixa, substituirá Paulo Henrique Costa, que foi afastado do cargo por determinação judicial. A indicação de Cavalhero ainda precisa ser aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Em nota, o GDF afirmou que a indicação busca “assegurar a continuidade administrativa e financeira do BRB”, após o banco se tornar alvo da Operação Compliance Zero da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta terça-feira (18/11).
Investigação de R$ 12 bilhões
A Operação Compliance Zero investiga a emissão de títulos de créditos falsos por instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional. A PF estima que as fraudes contra o sistema financeiro tenham movimentado cerca de R$ 12 bilhões.
O inquérito aponta que as instituições criavam falsas operações de créditos, simulando empréstimos, e vendiam essas carteiras a outros bancos. Após a aprovação contábil do Banco Central, substituíam os créditos fraudulentos por outros ativos.
O Banco Master, cujo dono, Daniel Vorcaro, foi detido ao tentar deixar o país, é o principal alvo da investigação.
A operação resultou em seis prisões (quatro preventivas e duas temporárias). A PF também apreendeu cerca de R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo, além de obras de arte, carros e relógios de luxo.
Além de Paulo Henrique Costa, a Justiça também decretou o afastamento temporário de Dario Oswaldo Garcia Júnior, diretor de Finanças e Controladoria do BRB.
BRB garante continuidade
O BRB afirmou que sempre atuou “em conformidade com as normas de compliance e transparência” e que forneceu informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre as operações relacionadas ao Banco Master.
Em outra nota, o GDF assegurou que o BRB mantém sua capacidade plena de operação, com total segurança administrativa e financeira.
“Todas as rotinas bancárias, sistemas internos, serviços aos clientes, contratos vigentes, operações de crédito e compromissos institucionais seguem em funcionamento regular. Não há qualquer impacto estrutural na liquidez, na solvência ou na continuidade operacional da instituição”, garantiu o governo.








































