O nascimento de Thaddeus, um bebê de quatro meses nos Estados Unidos, resultou em um recorde inusitado. Seu caso entrou para o Livro dos Recordes como o embrião mais antigo a resultar em um nascimento, após ter sido congelado por cerca de 30 anos.
O embrião de Thaddeus foi concebido em 1994 por fertilização in vitro e implantado recentemente no útero de uma mãe adotiva.
Segundo a embriologista Sarah Atkinson, a técnica permite que os embriões fiquem “congelados no tempo, não envelhecem nem um dia sequer”. Isso acontece porque o armazenamento é feito em tanques de nitrogênio líquido a cerca de 196ºC, interrompendo o desenvolvimento celular.
Do Congelamento à Implantação
Nos anos 1990, o congelamento era feito de forma lenta, o que poderia danificar as células no descongelamento.
Atualmente, o procedimento evoluiu. Para reativar um embrião, o tubo é retirado do tanque e mergulhado em um banho de água a 35ºC até que as células retomem a atividade. O embrião fica pronto para a implantação após cerca de uma semana.
A mãe biológica de Thaddeus, Linda, doou os embriões sob a condição de conhecer os pais adotivos, um processo chamado de adoção aberta nos Estados Unidos. Lindsey, a mãe adotiva, conseguiu gestar o filho biológico de Linda através da ONG responsável pelo processo.
Cenário nos EUA
Segundo o médico John Gordon, os Estados Unidos não possuem leis que limitem a criação de embriões.
Estima-se que hoje existam mais de 1,5 milhão de embriões congelados no tempo no país. O médico aponta que, dos cem mil embriões produzidos por ano, apenas 2,5 mil são implantados. Muitos casais criam excedentes para aumentar as chances de gravidez, mas não chegam a utilizá-los.









































