Na noite de sexta-feira, 7 de novembro de 2025, a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no centro-sul do Paraná, foi atingida por um tornado de intensidade excepcional, com ventos estimados em até 250 km/h. O fenômeno deixou ao menos seis mortos e centenas de feridos, marcando o episódio mais devastador da história recente do Estado.
De acordo com o Sistema de Meteorologia do Paraná (Simepar), o tornado foi classificado como F3 na escala Fujita, o que indica destruição severa. O cenário após a passagem do fenômeno foi descrito por autoridades como “uma verdadeira zona de guerra”. Casas foram completamente destruídas, veículos lançados a metros de distância e postes de energia derrubados, deixando parte do município sem luz e água por mais de 48 horas.

Segundo a Defesa Civil do Paraná, cerca de 80% da área urbana foi afetada. Aproximadamente 14 mil moradores vivem na região e muitos perderam tudo. Escolas e unidades de saúde também foram danificadas, o que levou à suspensão das aulas e das provas do ENEM no município. As equipes de resgate atuam desde o fim de semana em busca de desaparecidos e na remoção de escombros, enquanto voluntários e doações chegam de várias cidades vizinhas.
O governador Ratinho Júnior afirmou que a tragédia é “uma catástrofe sem precedentes” e destacou que o Estado decretou situação de calamidade pública. Já o Corpo de Bombeiros do Paraná comparou o impacto do tornado ao de “um cenário de guerra”, com destruição em praticamente todas as regiões da cidade.
A Prefeitura de Rio Bonito do Iguaçu abriu centros de abrigo temporário e o Governo do Estado iniciou a distribuição de mantimentos, colchões e lonas. Especialistas alertam que, embora raros, tornados como este têm ocorrido com maior frequência devido ao aquecimento das massas de ar e à instabilidade atmosférica que se intensifica nas mudanças sazonais.
Repercussão internacional
A tragédia ganhou destaque na imprensa mundial.
A BBC News noticiou que “80% da cidade foi destruída”, enfatizando o estado de calamidade e a dificuldade das equipes de resgate. A CNN Internacional destacou os ventos de 250 km/h e a fala do governador Ratinho Júnior sobre “uma catástrofe sem precedentes”.

Nos Estados Unidos, a ABC News relatou que “centenas de pessoas precisaram de cuidados médicos” e reproduziu a mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que expressou solidariedade às vítimas.
O The New York Times descreveu a cena como “um cenário de destruição completa”, com moradores divulgando vídeos de carros capotados e postes derrubados. Já o El País, da Espanha, abordou a tragédia lembrando a proximidade de Rio Bonito das Cataratas do Iguaçu e mencionou o contexto da COP-30, que será sediada no Brasil em 2025.
O que vem a seguir
O Governo do Paraná anunciou que equipes técnicas do Simepar e da Defesa Civil seguem no local para avaliar os danos e elaborar um plano de reconstrução. O levantamento inicial indica que os prejuízos podem ultrapassar R$ 200 milhões, considerando infraestrutura pública, moradias e perdas materiais. A reconstrução completa da cidade deve levar meses.
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