Porto Velho enfrenta dias de caos com o acúmulo de lixo espalhado por diversos bairros da capital. A situação, que começou após o rompimento do contrato com a antiga empresa Eco Rondônia e a entrada da nova prestadora Eco PVH, já gera revolta e denúncias constantes nas redes sociais. Vídeos e fotos circulam mostrando ruas tomadas por sacolas, restos de comida e um cheiro forte que se espalha pelas calçadas.
A população reclama que, desde a troca de empresa, o serviço não foi regularizado. Locais como Tancredo Neves, Antônio Violão, Rua 22, Escola Brasília, Rua Fortaleza e Calama estão entre os mais citados por moradores indignados. Em muitos pontos, as lixeiras estão transbordando e o lixo se acumula nas esquinas.
“Aqui o lixeiro não passa desde quinta-feira, o cheiro está horrível”, disse uma moradora da zona leste.
Em um vídeo gravado no domingo, 9 de novembro, por volta do meio-dia, é possível ver a Rua Antônio Maria Valência, próximo à Praça dos Taxistas, completamente tomada por resíduos.
“Aqui, o lixo não foi recolhido. A cidade está abandonada”, relatou um cidadão durante a gravação.
A Prefeitura de Porto Velho confirmou que aplicou uma multa de R$ 753.717,33 ao Consórcio Eco PVH por descumprimento contratual e falhas reiteradas na execução do serviço, conforme o Contrato Emergencial nº 028/PGM/2025. Segundo a administração municipal, a penalidade equivale a cerca de 30% do valor total do contrato.
O vereador Breno Mendes afirmou à reportagem que vem recebendo denúncias desde o final de outubro. “Recebo reclamações diariamente pelo WhatsApp e Instagram. No sábado, visitei 29 bairros e a situação estava pior do que imaginei”, contou.
De acordo com ele, vários bairros, como Tancredo Neves, Agenor de Carvalho, Socialista, São João Bosco, Pedrinhas, São Cristóvão e Panair, não tiveram a coleta feita integralmente por mais de uma semana.
“Há ruas em que o caminhão passou de um lado e deixou o outro tomado pelo lixo. É uma coleta parcial, sem planejamento. Já protocolei cinco ofícios cobrando providências e agora pedi a rescisão do contrato”, declarou o parlamentar.
Enquanto o impasse continua, o problema se agrava a cada dia. Animais reviram sacos de lixo, o mau cheiro toma conta das ruas e os moradores vivem a incerteza sobre quando o serviço voltará à normalidade. A Prefeitura informou que estuda novas medidas para garantir a regularização da coleta e evitar danos à saúde pública.








































