O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Cúpula do Clima, em Belém, alcançou um aporte de US$ 5,5 bilhões com a adesão de novos países.
O novo mecanismo de financiamento climático recebeu investimentos de:
Noruega: US$ 3 bilhões
Indonésia: US$ 1 bilhão
França: US$ 500 milhões
Somados ao US$ 1 bilhão anunciado pelo governo brasileiro, o fundo iniciou sua operação com uma base sólida de recursos públicos.
Mecanismo Inovador de Financiamento
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhou que o TFFF inova ao estruturar-se como um investimento, e não como doação, combinando recursos públicos e privados.
Funcionamento: Investidores aportarão capital e serão remunerados por uma taxa básica. Esses recursos serão emprestados para financiar projetos definidos pelo comitê do Fundo.
Remuneração Ambiental: A diferença da taxa de juros (spread) entre o que é pago ao investidor e o que é cobrado do tomador do empréstimo servirá como lastro para financiar o pagamento pelos serviços ambientais que garantem a manutenção das florestas em pé.
Haddad afirmou que o Fundo assegura um sistema sustentável financeiro, incluindo regras de penalidades para países que descumprirem o requisito mínimo de participação no pagamento pelos serviços.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou que 20% do pagamento desses serviços destinados a manter a floresta em pé serão direcionados aos povos indígenas e comunidades locais, que tiveram participação ativa na construção do mecanismo.
O presidente Lula afirmou que “as florestas valem mais em pé do que derrubadas” e defendeu que o TFFF é uma ferramenta para remunerar os serviços ecossistêmicos.
Até o momento, 53 países endossaram a declaração de apoio ao TFFF, incluindo Alemanha, China, Canadá, Reino Unido e União Europeia.







































