O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, dia 4 de novembro, que será necessária uma nova autorização ambiental para que a Petrobras inicie a extração de petróleo e gás na Bacia da Foz do Amazonas. Lula defendeu a decisão de ter liberado a licença de pesquisa antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será sediada em Belém (PA).
“Se eu fosse um líder falso e mentiroso, eu esperaria passar a COP para anunciar”, disse Lula, em entrevista a correspondentes internacionais. O presidente está na capital paraense para presidir a cúpula de líderes da COP30 na quinta e sexta-feira (6 e 7 de novembro).
Licença atual é apenas para pesquisa exploratória
O presidente reforçou que a licença obtida pela Petrobras junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no mês passado é apenas para a operação de pesquisa exploratória, com duração estimada de cinco meses. Nesse período, a empresa busca obter informações geológicas e avaliar a viabilidade econômica de gás e petróleo na região.
“Temos autorização para fazer o teste. Se a gente encontrar o petróleo que se pensa que tem, vai ter que começar tudo outra vez para dar licença”, afirmou Luiz Inácio Lula da Silva. A Bacia da Foz do Amazonas está localizada na Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá e é apontada como o “novo pré-sal” devido ao seu potencial petrolífero.
Críticas e transição energética
A extração de petróleo na Foz do Amazonas é criticada por ambientalistas, preocupados com os possíveis impactos nos ecossistemas costeiros da Amazônia e com a contradição em relação à transição energética.
Em declarações recentes, o presidente Lula argumenta que não é possível abrir mão do combustível fóssil “do dia para a noite”. Ele defende que os recursos obtidos com a exploração de petróleo serão utilizados para financiar a transição energética do país para fontes renováveis. A reportagem é de Andreia Verdélio.









































