A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, instalada nesta terça-feira, dia 4 de novembro, no Senado, aprovou uma série de convites para o início de seus trabalhos. O colegiado chamou dois ministros de Estado, 11 governadores e seus secretários de Segurança, além de especialistas na área e profissionais de comunicação.
Os requerimentos foram apresentados pelo relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Ele também solicitou informações sobre o combate ao crime organizado aos Ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Defesa.
Convites a líderes federais e estaduais
A CPI aprovou a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e do ministro da Defesa, José Múcio. Também serão ouvidos o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Corrêa.
O relator também pediu para ouvir 11 governadores e seus secretários de Segurança, mesclando representantes de estados considerados mais e menos seguros, conforme indicadores do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Fórum Nacional de Segurança Pública.
Estados “menos seguros”: Amapá, Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas.
Estados “mais seguros”: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Base de facções: Rio de Janeiro e São Paulo (convidados por serem a base original das principais facções criminosas).
Especialistas e jornalistas na mira da CPI
A comissão também aprovou requerimento para ouvir especialistas e pessoas com “notória experiência” na área de segurança pública, incluindo:
Lincoln Gakiya: Promotor de Justiça de São Paulo, pela experiência no combate ao PCC.
Renato Sérgio de Lima: Diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Pesquisadores: Joana da Costa Martins Monteiro e Leandro Piquet Carneiro.
Além disso, serão ouvidos profissionais de comunicação que cobrem o tema, como os jornalistas investigativos Josmar Jozino (UOL), Rafael Soares (O Globo) e Cecília Olliveira (Instituto Fogo Cruzado), além do consultor Rodrigo Pimentel.
O relator justificou os pedidos de informações aos ministérios da Justiça e Defesa referentes ao controle de armas e munições, destacando a dificuldade de rastreamento no Brasil. A CPI tem um prazo de 120 dias para apresentar um diagnóstico sobre o crime organizado no país. A notícia é de Lucas Pordeus León.









































