Movimentos sociais do Maranhão realizam nesta sexta-feira, 31 de Outubro, um protesto contra a violência policial no país. A concentração começa às 16h, na Praça Deodoro, em São Luís.
O protesto integra o Ato Nacional Contra a Violência Policial e tem como principal referência a recente Operação Contenção. A ação, realizada no Rio de Janeiro, resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, sendo a mais letal da história do estado.
Críticas à letalidade e à postura do governo
A manifestação é convocada pela Frente Negra Revolucionária, Movimento Correnteza Maranhão e a União Popular Maranhão. Os grupos denunciam que algumas das vítimas apresentaram sinais de execução.
Segundo a convocatória, pelo menos 74 corpos foram resgatados pelos próprios moradores nas ruas e na mata. Além das mortes, dezenas de pessoas ficaram feridas, como um mototaxista e uma mulher que estava em uma academia.
Os movimentos criticaram abertamente o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, por ter classificado a operação como um sucesso. Organizações internacionais, como a Anistia Internacional, classificaram a ação como “desastrosa”. Moradores fizeram protesto semelhante no Palácio Guanabara.
Desdobramentos da Operação Contenção
A Operação Contenção tinha como objetivo o cumprimento de 100 mandados de prisão. Foram cumpridos apenas 20 mandados, mas pelo menos 15 alvos dessas ordens judiciais foram mortos durante a ação.
O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, líder do Comando Vermelho que não está preso, segue foragido. Ao todo, a operação resultou em 113 prisões em flagrante, mantidas após audiência de custódia, segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
Até o momento, o Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro identificou 100 dos 121 mortos. Embora todos os corpos tenham passado por necropsia, os laudos detalhados só devem ser divulgados em 10 a 15 dias úteis. Familiares reclamaram da demora na liberação dos corpos.









































