Famílias de pessoas mortas na Operação Contenção realizaram um cadastramento no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ) nesta quarta-feira (29). O Detran-RJ fica ao lado do Instituto Médico-Legal (IML), no centro do Rio, para onde os corpos foram levados.
O balanço oficial de terça-feira (28) apontava 64 mortes. Contudo, pelo menos 70 corpos adicionais foram resgatados na madrugada por moradores de áreas de mata no Complexo da Penha. A região foi um dos palcos da operação policial contra a facção Comando Vermelho.
Corpos com sinais de execução
Os corpos resgatados durante a madrugada apresentavam sinais de execução, incluindo tiros na testa e até decapitação, segundo relatos. Os corpos foram concentrados na Praça São Lucas, no complexo de favelas, e posteriormente encaminhados ao IML.
Não havia previsão de liberação de corpos ainda nesta quarta-feira, e os familiares cadastrados aguardam no local. À Agência Brasil, um parente de uma das vítimas, que não quis se identificar, criticou a forma como os corpos foram encontrados e recolhidos.
“Eles largaram o corpo lá, pelado. Nem animal se trata assim, não importa o que a pessoa fez”, declarou o familiar, que veio de Cabo Frio (Região dos Lagos) para fazer o reconhecimento.
Outra mulher, Carol Malícia, de 24 anos, também veio da Região dos Lagos para reconhecer o pai de sua filha, identificado como Vitor. Carol relatou que conversou com Vitor na terça-feira. Ele disse estar encurralado e que havia muitas pessoas atingidas ao seu lado. A comunicação foi perdida e Vitor foi encontrado posteriormente com marcas de bala na perna e no pé.









































