A jogadora de futebol brasileira Tamires Dias afirmou que a mudança climática é um dos adversários mais difíceis que um atleta pode enfrentar. Ela é uma das cerca de 40 esportistas de elite que lançaram a campanha global Adapt2Win, que será apresentada na cúpula do clima COP30, em Belém, no próximo mês.
A campanha, lançada nesta segunda-feira (27) e apoiada pela Fundação Gates e pelo Wellcome Trust, pede que os governos priorizem o investimento em adaptação climática antes da COP30. A iniciativa destaca que a mudança climática já está afetando o esporte de elite.
Desafios no esporte e na vida real
Tamires, que participou de duas Copas do Mundo Femininas, descreve os desafios de jogar futebol no Brasil, onde o calor extremo e as chuvas representam obstáculos. Ela enfatiza que a adaptação não é mais uma opção.
“No esporte, aprendemos a nos adaptar todos os dias, a novos times, novas táticas, novos adversários. Mas a mudança climática é um tipo diferente de adversário. É mais forte, mais imprevisível e ninguém pode enfrentá-lo sozinho”, disse a atleta.
Outros atletas de destaque que assinaram a carta aberta e apoiam a campanha incluem:
Beatriz Haddad Maia (tenista brasileira)
Maya Gabeira (surfista brasileira)
David Popovici (nadador olímpico romeno)
Raheem Sterling (jogador de futebol inglês)
Filme e financiamento para adaptação
A campanha inclui um filme que será exibido na COP30, mostrando o impacto dramático de enchentes e incêndios em instalações esportivas. Segundo os organizadores, desastres relacionados ao clima causaram prejuízos econômicos de US$ 417 bilhões em 2024. No entanto, menos de 10% do financiamento climático global é direcionado à adaptação.
O jogador Raheem Sterling, nascido na Jamaica, destacou o impacto pessoal da mudança climática em sua região e a importância de soluções lideradas pela comunidade. “A COP30 é o momento para os líderes apoiarem essas soluções”, afirmou.
Ana Toni, diretora-executiva da COP30, reforçou a relevância da mobilização: “A Adapt2Win nos lembra que todos os setores, de governos a empresas e esportes, têm um papel a desempenhar na criação de mudanças”.










































