O vídeo, declarado como verídico, espalhou-se nas redes sociais do estado do Acre. Na imagem, um recém-nascido que, horas antes, havia sido declarado morto pela equipe médica da Maternidade Estadual Bárbara Heliodora, uma das mais antigas unidades hospitalares do estado acreano.
A mulher que é Pauini, um município do interior do Amazonas, distante quase 300 km da capital Rio Branco, deu entrada na unidade por volta das 10 h apresentando complicações da gravidez de 24 semanas, o que corresponde a (seis meses).

No Cemitério Morada da Paz, em Rio Branco, o pai Marcos dos S. F. ouviu ruídos vindos do caixão. Desconfiado, ele pediu a abertura da urna, confirmando que a criança ainda estava viva. Uma funcionária do cemitério agilizou o transporte imediato do bebê de volta à maternidade estadual. Um dia depois desse fatídico caso, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) se posicionou, mas, no lugar do titular da pasta, uma médica plantonista da unidade hospitalar declarou-se apenas sobre o estado de saúde da criança.
A neonatologista Mariana Collodetti informou que o recém-nascido apresenta quadro grave. Segundo a médica, a criança, pesando apenas 520 gramas, respira com auxílio de ventilação mecânica e está entubada em estado crítico. Devido à extrema prematuridade, a equipe médica não conseguiu obter acesso venoso periférico, sendo necessário inserir um cateter umbilical para a administração de medicamentos e hidratação. “Nossa unidade recebeu o bebê por oferecer todo o suporte indispensável para casos como este,” explicou Collodetti.
A médica relatou ainda que o bebê foi admitido na unidade entre 10 e 12 horas de vida. Informou também que todas as informações sobre a criança após a alta foram fornecidas pela família. A Dra. Collodetti não comentou especificamente sobre o ocorrido, mas garantiu que a situação será investigada e que a criança vem recebendo todo apoio médico possível oferecido pela Maternidade Bárbara Heliodora.

O caso gerou grande polêmica e o governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), solicitou o imediato afastamento da equipe médica responsável pelo atendimento à paciente amazonense durante o parto. A medida foi comunicada por meio de nota, na qual Cameli afirmou: “Como governador e pai, determinei ao Secretário de Saúde o afastamento imediato da equipe médica que verificou o óbito da criança, bem como a instauração de uma investigação rigorosa para apurar os fatos”.
Neste domingo (26), a Sesacre, através da Maternidade Bárbara Heliodora, informou que o recém-nascido, que apresentou sinais vitais após ter sido declarado morto, permanece internado na UTI Neonatal da unidade. A equipe multiprofissional está fornecendo todos os cuidados necessários ao bebê. Devido à sua extrema prematuridade (24 semanas), o estado do recém-nascido é considerado grave, mas clinicamente estável até as 12h deste domingo, momento da emissão deste boletim.
Ele está intubado, recebendo ventilação mecânica, com redução gradual dos parâmetros ventilatórios devido à melhora da função respiratória. O bebê apresenta hemodinâmica estável, com sinais vitais dentro da normalidade para sua idade gestacional e mantém a função urinária preservada. O monitoramento é contínuo, 24 horas por dia.







































