O Brasil autorizou a construção da ponte binacional entre Guajará-Mirim e Guayaramerín, em cumprimento ao acordo histórico com a Bolívia. A obra fortalecerá a Amazônia Ocidental como um importante centro sul-americano. “A ponte facilitará o comércio internacional de Rondônia e do Brasil Central, complementando a rota já existente pelo Rio Madeira”, declarou o ministro dos Transportes, Renan Filho.

Com um investimento de R$ 421,3 milhões do Plano de Aceleração do Crescimento, o projeto será executado pelo Consórcio Mamoré, formado pelas construtoras A. Gaspar, Arteleste Construções e Enescil Engenharia, no rio Mamoré.
Com uma extensão de quase 5 quilômetros, 1.222 metros correspondem à travessia. Rondônia receberá uma ponte de design inovador, com cabos estaiados, estrutura mista e passarela, ligando as aduanas. A obra começa este ano e será finalizado até 2028. “Foi um longo caminho de articulação, e, com o Novo PAC, conseguimos dar o passo decisivo”, diz o senador Confúcio Moura.
A ponte na BR-425, agora uma rota internacional, vai agilizar o transporte de mercadorias, eliminando a dependência da travessia por balsa, que pode levar até dois dias.

Para Delny Cavalcante, presidente da Associação Comercial, Industrial de Guajará (ACISGM), “a ponte impulsionará o comércio entre Bolívia e Brasil, com Guajará como ponto central, ao reduzir custos, otimizar o escoamento da produção boliviana e estabelecer uma nova rota ao Oceano Pacífico”.

Guajará-Mirim vislumbra o progresso, impulsionado pela construção e o aumento do comércio bilateral. A cidade se prepara para essa nova fase com a criação do seu primeiro plano diretor em seus 96 anos de história. “Esperamos gerar mais de mil empregos diretos”, comemora o prefeito Fábio Garcia.

O cônsul-geral da Bolívia em Guajará, Ángel Vásquez, ressalta a importância da ponte como um marco no estreitamento dos laços entre Rondônia e o Beni. “Esse momento é aguardado há mais de um século, desde a assinatura do Tratado de Petrópolis”.









































