O presidente russo Vladimir Putin se manifestou nesta quinta-feira (23) sobre as novas sanções impostas pelos Estados Unidos. As medidas incluem o congelamento de ativos das petroleiras Rosneft e Lukoil em território americano e a proibição de negócios com as empresas. Apesar de classificar a ação como um “ato hostil”, Putin minimizou o impacto na economia russa.
“As sanções são graves, é claro, mas não afetarão significativamente o nosso bem-estar econômico. O setor de energia russo está confiante”, afirmou o presidente. Ele reforçou, ainda, que “nenhum país que se preze faz algo sob pressão”.
Diálogo e ameaça de resposta militar
A declaração de Putin ocorre após o adiamento da cúpula que ele teria com Donald Trump em Budapeste, que discutiria o fim da guerra na Ucrânia. O russo adotou um tom conciliador, dizendo que “o diálogo é sempre uma alternativa melhor ao confronto”, mas manteve o alerta sobre mísseis Tomahawk.
“Se o território russo for atingido com tal arma, a resposta será muito séria, se não completamente avassaladora”, alertou Putin.
Apesar da disposição russa para o diálogo, o cancelamento da cúpula por Trump, que alegou que “não parecia que chegaríamos onde precisávamos”, representou um revés nas tentativas de negociação.
Europa endurece posição contra Moscou
Enquanto isso, a União Europeia também anunciou novas sanções contra Moscou, mirando a frota de petroleiros usada pela Rússia para driblar restrições. O bloco europeu planeja, ainda, aprovar um plano para financiar a Ucrânia nos próximos dois anos, utilizando cerca de 140 bilhões de euros (cerca de R$ 800 bilhões) provenientes de ativos russos congelados.
O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, afirmou que a pressão coordenada entre EUA e Europa pode “mudar os cálculos de Putin” e levá-lo à mesa de negociações.







































