O estado de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (6) 14 casos de intoxicação por metanol, com duas mortes já confirmadas. No total, estão sendo investigados 178 casos, associados a sete óbitos.
Segundo o governo paulista, a contaminação das bebidas alcoólicas está relacionada ao uso de metanol em garrafas reaproveitadas e à prática de aumentar o volume de bebidas adulteradas com a substância tóxica.
Nesta semana, 20 pessoas foram presas, incluindo o principal fornecedor de insumos para a falsificação de bebidas no estado. Ao longo do ano, 41 pessoas já haviam sido detidas sob acusação de adulteração de bebidas alcoólicas.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que não há relação com crime organizado nas prisões realizadas:
“O que está bem claro para a gente é a necessidade de trabalhar com as evidências. E não há crime organizado nesse processo. Nenhum dos 41 presos em ações de falsificação de bebida são de facções criminosas. Não tem nenhum indício de participação de facções nesse processo todo.”
Para o tratamento das intoxicações, o secretário de Saúde, Eleuses Paiva, informou que 2,5 mil ampolas de álcool etílico absoluto foram adquiridas e distribuídas para 20 hospitais de referência no estado. A medida garante o atendimento adequado aos pacientes intoxicados.
As autoridades recomendam atenção redobrada ao consumo de bebidas alcoólicas, especialmente aquelas de procedência duvidosa ou em embalagens reaproveitadas, já que a ingestão de metanol pode causar cegueira, danos neurológicos e morte.