Em 2022, o desabamento da ponte sobre o rio Curuçá na BR-319 deixou moradores isolados. No desabamento da estrutura, cinco pessoas que passavam pelo local no momento do acidente perderam a vida, e veículos foram parar embaixo d’água. Dez meses depois da tragédia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) iniciou a obra de reconstrução de uma nova ponte.
Três anos após o desabamento da estrutura anterior, o governo Lula (PT) inaugurou nesta segunda-feira (29) a nova ponte de 150 metros. A passagem de veículos foi liberada imediatamente, e o Dnit informou que a obra foi construída com materiais resistentes e projetada para suportar as condições climáticas da Amazônia.
A ponte é a única via terrestre que liga o Amazonas e Roraima ao restante do Brasil. A rodovia também conecta Porto Velho (RO) a Manaus (AM) e é a única ligação terrestre que reduz o isolamento desses dois estados. A revitalização do trecho central da rodovia, conhecido como “meião”, é objeto de intenso debate.
Enquanto moradores, políticos e empresários defendem a reconstrução completa da via, entidades ambientais, como o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, avaliam a viabilidade da obra com cautela. A preocupação reside no fato de que o anúncio da revitalização já intensificou o fluxo de pessoas e a abertura de estradas secundárias, ações que, de acordo com estudos, têm contribuído para o desmatamento e o aumento de crimes ambientais na Amazônia.