O papagaio-drácula (Psittrichas fulgidus), também conhecido como papagaio-de-pesquet, é uma ave nativa da Nova Guiné que recebeu seu nome popular em tributo ao personagem fictício Conde Drácula. A semelhança se deve à sua plumagem, predominantemente preta, com penas vermelhas brilhantes na barriga e nas asas, cores que remetem às roupas do famoso vampiro.
Endêmica das florestas tropicais da ilha, a espécie habita áreas de colinas e montanhas baixas. O papagaio-drácula é uma ave de grande porte, atingindo cerca de 46 centímetros de comprimento total e pesando entre 680 e 800 gramas.
Uma característica interessante e ecologicamente relevante é que a ave se alimenta principalmente de variedades de figos, embora já tenha sido registrada consumindo flores e néctar. A face do papagaio é desprovida de penas, uma adaptação que provavelmente surgiu para evitar que restos de frutos grudem na plumagem, apodreçam e atraiam insetos. Essa peculiaridade também é vista em espécies brasileiras como a curica-urubu e o papagaio-de-cabeça-laranja.
Outro fato sobre a espécie é a sua vocalização peculiar. Em vez dos tradicionais sons de papagaios, a ave faz ruídos que são descritos como rugidos e rosnados.
Ameaça de extinção
Atualmente, o papagaio-drácula está avaliado como Vulnerável (VU) na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Segundo o ornitólogo Guilherme Brito, a espécie está ameaçada de extinção devido a:
Comércio de pet: o animal é procurado para o mercado de animais de estimação.
Destruição de habitats: a perda de seu ambiente natural.
Arte plumária ritualística: a utilização de suas penas por povos originários.