O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (25) pelo desbloqueio das redes sociais da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar está atualmente detida em Roma, Itália, enquanto o governo brasileiro aguarda o final do processo de extradição.
A liberação das contas ocorreu porque Moraes considerou que a medida não é mais necessária, já que o processo criminal contra a deputada foi encerrado. A liberação das redes sociais de Zambelli abrange plataformas como Meta, Telegram, X, Linkedin, Tik Tok, Getter e YouTube.
Apesar da decisão, Moraes impôs uma multa diária de R$ 20 mil caso haja reiteração na publicação de conteúdos com desinformação, discurso de ódio ou ofensas contra a democracia. A parlamentar permanece detida na Itália desde julho deste ano.
A prisão de Zambelli ocorreu em Roma, capital italiana, quando ela tentava se evadir de um mandado emitido pelo ministro do STF. De acordo com as investigações, a deputada teria sido a autora intelectual da invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O hackeamento teria sido executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e confirmou em depoimento ter realizado o trabalho a mando da parlamentar. O pedido de extradição de Carla Zambelli foi formalizado pelo STF em 11 de junho, e posteriormente encaminhado pelo Itamaraty ao governo italiano.
Depoimento na Câmara
Na Câmara dos Deputados, Carla Zambelli é alvo de um processo de cassação de mandato. Ontem, a deputada prestou depoimento por videoconferência à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Na ocasião, ela negou qualquer participação na violação do sistema do CNJ.
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