A Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas (Autistas Brasil) divulgou uma nota em protesto contra as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ligou o uso de analgésicos e antitérmicos com paracetamol durante a gravidez ao autismo em crianças. A entidade afirma que a declaração não possui embasamento científico.
O vice-presidente da associação, Arthur Ataide Ferreira Garcia, destacou que “não há ensaios clínicos randomizados, metanálises robustas ou grandes estudos populacionais que apontem uma relação real” entre o medicamento e o autismo. Garcia classificou a fala de Trump como uma “estratégia deliberada” para transformar a condição autista em algo a ser combatido.
Rejeição de órgãos de saúde
A afirmação de Trump também foi rejeitada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por agências de saúde na União Europeia e no Reino Unido.
O Ministério da Saúde brasileiro define o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como um distúrbio do neurodesenvolvimento com manifestações comportamentais, déficits de comunicação e interação social, e padrões de comportamento repetitivos. No Brasil, o autismo é reconhecido como deficiência, com leis que protegem os direitos das pessoas com TEA.