O evento “Despertar 2025”, realizado em São Paulo entre 19 e 20 de setembro, reuniu políticos, acadêmicos e comunicadores para analisar os rumos do país. O encontro teve como foco a necessidade de o campo progressista reformular sua forma de se comunicar com a sociedade, especialmente com a população de baixa renda e os trabalhadores. Participaram do evento o sociólogo Jessé Souza, o jornalista Serginho Groisman, a ministra Marina Silva, entre outros.
Um dos principais pontos abordados foi que muitas pessoas se sentem desorientadas e, por isso, acabam sendo influenciadas pela direita e extrema-direita. O sociólogo Jessé Souza defendeu que a principal tarefa política da esquerda é o esclarecimento da população, já que a raiva e o descontentamento social são sentimentos justificados pela precariedade de empregos e pela falta de perspectivas. Eduardo Moreira, fundador do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), que promoveu o evento, ressaltou que a esquerda precisa aprender a ouvir a população para poder se comunicar de maneira eficaz.
A pauta do trabalho também foi destaque. O juiz Luiz Philippe Mello Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), destacou a importância de proteger os trabalhadores de aplicativos, alertando para a “precarização sem precedentes do trabalho humano”.
O cientista Miguel Nicolelis, em sua palestra, abordou o tema da inteligência artificial. Ele alertou para o perigo de delegar funções cognitivas às máquinas, o que poderia levar à perda de capacidades cerebrais. A médica cubana Aleida Guevara, por sua vez, falou sobre o cenário internacional, enfatizando a necessidade de proteger as crianças e se disse otimista em relação ao futuro, pois o “amor é a maior força que há neste mundo”.