A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou a inclusão de dois novos medicamentos no Rol de Procedimentos em Saúde, tornando obrigatória a cobertura para o tratamento do lúpus eritematoso sistêmico pelos planos de saúde a partir de 3 de novembro de 2025.
Os medicamentos aprovados são o anifrolumabe e o belimumabe. O primeiro passa a integrar a lista pela primeira vez, enquanto o segundo, antes restrito apenas a casos de nefrite lúpica, terá o uso ampliado para diferentes manifestações da doença.
Avanço para pacientes com lúpus
O lúpus é uma doença autoimune, crônica e sem cura, que pode causar inflamações em órgãos e tecidos, resultando em dores intensas, crises recorrentes e até complicações graves, como problemas renais.
Até agora, os tratamentos disponíveis pelos planos eram limitados, o que deixava muitos pacientes sem acesso a opções mais eficazes. Com a decisão, o acesso passa a ser garantido também na saúde suplementar.
“O lúpus é uma doença complexa e sem cura. Se temos no país medicamentos que controlam a doença e garantem qualidade de vida, isso precisa estar disponível ao consumidor”, afirmou o diretor-presidente da ANS, Wadih Damous.
Quem será beneficiado
De acordo com estimativas da agência, cerca de 2 mil pessoas com planos de saúde poderão ser diretamente beneficiadas pela nova regra.
A diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Lenise Secchin, reforçou: “Essa medida traz esperança para milhares de pacientes. Representa acesso a tratamentos modernos e eficazes, fundamentais para prevenir danos irreversíveis e melhorar a qualidade de vida”.
Perfil da doença no Brasil
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), entre 150 mil e 300 mil brasileiros convivem com o lúpus.
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A maioria dos casos ocorre em mulheres entre 20 e 45 anos.
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Homens com a doença têm maior risco de complicações renais.
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A prevalência é maior em pessoas negras, tanto no Brasil quanto em outros países.
Apesar dos avanços, especialistas destacam que ainda faltam estudos epidemiológicos mais aprofundados sobre o impacto do lúpus na população brasileira.
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