O aplicativo de mensagens Telegram removeu grupos e canais que promoviam a venda de um composto à base de dióxido de cloro como uma suposta cura para doenças como câncer e autismo. A medida foi tomada após um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que identificou a divulgação de informações falsas e perigosas para a saúde pública.
O dióxido de cloro não tem comprovação médica ou científica para tratar doenças. Além disso, a substância é corrosiva e pode causar danos graves à saúde, especialmente em crianças. A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, ligada à AGU, solicitou ao Telegram que removesse os canais e também bloqueasse o acesso a palavras-chave relacionadas ao conteúdo.
A ação da AGU foi motivada por denúncias feitas ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As autoridades sanitárias identificaram cerca de 30 comunidades que recomendavam o uso do dióxido de cloro para diferentes fins. A AGU classificou o conteúdo como “manifesta desinformação”, ressaltando que ele engana o público sobre um tema de grande importância, que é a saúde pública.