Sinopse:
“Lucy Brown nunca esteve tão feliz. Ela está prestes a se casar com o homem dos seus sonhos – o belo, gentil e inteligente Dan – e tudo o que sempre quis está finalmente ao seu alcance. Só que, na véspera do seu casamento, Lucy sofre um acidente fatal. Ela tem de fazer uma escolha: aceitar uma vida inteira longe da sua alma gêmea e ir pata o céu ou ficar com Dan para sempre… e se tornar um fantasma! Para Lucy, só há uma opção – deixar Dan está fra de cogitação. Mas nem tudo é tão simples assim. Para se tornar um fantasma, ela precisa encontrar o amor verdadeiro para um completo estranho…
E, quando descobre que a sua “grande ” amiga Anna está determinada a conquistar o devastado e vulnerável Dan, a pressão fica bem mais forte…”
Confesso: não esperava gostar tanto de “O céu vai ter que esperar!”. O romance de Cally Taylor é envolvente e surpreendente, e faz o leitor refletir até onde somos capazes de ir por um grande amor.
Esse é um dos livros favoritos de um amigo meu, que insistiu para que eu fizesse a leitura. Ao me entregar o exemplar, ele me provocou: “Você, que é uma pessoa romântica… o que seria capaz de fazer pelo amor da sua vida?” Ingênua, não imaginei que um simples livro me faria pensar sobre algo que evitamos encarar: a morte.
O livro fala de morte? Sim. Dá medo? Sim. Dá um medo enorme pensar na possibilidade de deixar essa vida, de imaginar como o mundo seguiria sem a nossa presença. Mas, apesar do tema profundo e complexo, a autora conseguiu escrever uma história triste com leveza, espontaneidade e até humor.
Narrado em primeira pessoa, o enredo é conduzido pela protagonista Lucy. É através dela que conhecemos a vida, e a morte. A autora nos convida a imaginar como seria o céu, e eu afirmo: gostei do céu de Cally Taylor.
Diferente de tudo que já li, Lucy morre no primeiro capítulo, às vésperas do casamento. Achei uma piada de mau gosto e passei o livro inteiro torcendo para que tudo não passasse de um sonho, daqueles inquietos que temos quando estamos prestes a dar um grande passo na vida. Torcia para que, no último capítulo, Lucy acordasse pronta para dizer “sim” ao amor da sua vida.
Durante a leitura, questionei a decisão de Lucy ao aceitar a missão de se tornar um fantasma na vida de seu noivo. Mas respeitei. Imagino que não seja fácil desapegar da vida na Terra.
Segui com a leitura e, no último capítulo, Lucy não acordou de um sonho. Ela realmente estava morta. E o final foi surpreendente.
Gostaria muito de contar se Lucy completou sua missão, se ela se tornou um fantasma… mas não posso. Só posso dizer que “O céu vai ter que esperar!” me fez acreditar que, quando algo está escrito, se cumpre. O curso da vida segue seu caminho, e o amor sempre encontra uma forma de ser maior.
Quote:
“O verdadeiro amor é isso: colocar a felicidade do outro na frente da sua.”