O partido União Brasil publicou uma resolução que determina a saída de seus filiados de cargos comissionados no governo federal em até 24 horas. A decisão, aprovada pela executiva nacional, formaliza o afastamento da legenda da base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, algo que já havia sido anunciado no início do mês. O Progressistas, que está em federação com o União Brasil, também se uniu ao movimento.
O anúncio afeta os cargos de livre nomeação e reforça a pressão sobre os ministros Celso Sabino, do Turismo, e André Fufuca, do Esporte, que são deputados federais e filiados a partidos da federação. A nota oficial do União Brasil, assinada por líderes como ACM Neto e governadores como Marcos Rocha, do Amazonas, também manifesta solidariedade ao presidente do partido, Antonio Rueda, que foi alvo de reportagens.
Disputa política e acusações
Na mesma nota, o União Brasil criticou o que chamou de “uso político da estrutura estatal”, insinuando que a divulgação de notícias sobre um suposto envolvimento de Antonio Rueda com uma empresa de táxi aéreo investigada por lavagem de dinheiro seria uma tentativa de enfraquecer o partido por sua oposição ao governo.
Em resposta, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais do governo, Gleisi Hoffmann, repudiou as acusações, classificando-as como “infundadas e levianas”. Ela garantiu que o governo não teve qualquer responsabilidade nas notícias publicadas e que o partido tem o direito legítimo de decidir sobre sua permanência na base do governo.