Uma nova pesquisa revela que o uso de inteligência artificial em pesquisas escolares é uma realidade para sete em cada dez alunos do ensino médio no Brasil. Apesar da alta adesão a ferramentas como ChatGPT e Gemini, um estudo do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) aponta que apenas 32% dos estudantes receberam alguma orientação de suas escolas sobre como usar a tecnologia de forma segura e responsável. A pesquisa TIC Educação 2024, divulgada em 16 de setembro de 2025, mostra novas práticas de aprendizagem.
Segundo Daniela Costa, coordenadora do estudo, o dado “evidencia novas práticas de aprendizagem” que exigem das escolas a adaptação para debater o tema com alunos e pais. Ela ressalta a importância de orientar os estudantes sobre a integridade e autoria das informações, além de ensinar a usar a IA para “construir o próprio conhecimento” e não apenas para obter respostas prontas. Apesar de o tema já estar em pauta em 40% das reuniões escolares, o número de professores que participou de formações sobre tecnologias digitais caiu de 65% em 2021 para 54% em 2024.
A pesquisa também apontou que a proibição de celulares nas escolas aumentou. A proporção de instituições que não permitem o uso de dispositivos móveis passou de 28% em 2023 para 39% em 2024. O levantamento, realizado entre agosto de 2024 e março de 2025, entrevistou mais de 7 mil alunos, 1.400 professores e 900 gestores, tanto de escolas públicas quanto privadas, em todo o Brasil.