A delegação brasileira que irá a Nova York, nos Estados Unidos, para a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) ainda aguarda a liberação de parte dos vistos. O encontro está previsto para começar em 22 de setembro, e o discurso de abertura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está agendado para o dia 23. A situação ocorre a apenas uma semana do evento e a expectativa, segundo o governo brasileiro, é que todos os vistos para a ONU sejam concedidos.
De acordo com o ministro Marcelo Marotta Viegas, diretor do Itamaraty, o governo americano informou que os processos estão em andamento. O ministro ponderou que, embora não seja possível especular sobre os resultados, qualquer medida que limite os vistos violaria o acordo entre a ONU e o país-sede. A Agência Brasil teve acesso a um memorando do Departamento de Estado dos EUA que sugeriria restrições a delegações como a brasileira, um contexto que ocorre em meio aos ataques do ex-presidente Donald Trump à decisão do STF que condenou Jair Bolsonaro.
O caso brasileiro não é um evento isolado. No final de agosto, os Estados Unidos revogaram os vistos da Autoridade Palestina (AP) e de seu presidente, Mahmoud Abbas, sob acusações de ligação com “terrorismo”. A suspensão foi discutida em um Comitê da ONU, e o Brasil, embora não seja membro, expressou sua preocupação com o descumprimento das obrigações do país-sede.