Após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), facultar a ida dos investigados Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “o Careca do INSS”, e Maurício Camisotti à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, o presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), decidiu entrar com um mandado de segurança para assegurar a presença deles.
Neste sábado, 13 de setembro de 2025, o senador Carlos Viana destacou que a presença de ambos é essencial para as investigações sobre as fraudes em descontos de consignados de aposentados e pensionistas. “Nós entendemos que é fundamental a presença dos dois investigados, porque já estavam comprometidos a comparecer e eles, diante dos parlamentares, podem inclusive nos ajudar a esclarecer com muita rapidez tudo o que aconteceu”, afirmou.
A Polícia Federal (PF) cumpriu, na sexta-feira (12), mandados de prisão preventiva contra Antunes e Camisotti. Os mandados foram expedidos no âmbito da Operação Cambota, deflagrada para investigar a cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas sem autorização dos benefícios previdenciários.
Carlos Viana disse que, embora respeite a decisão do ministro, a considera injustificável, uma vez que os investigados podem contribuir significativamente para o andamento da CPMI. “Respeito a decisão do ministro, mas entendo injustificável dar o direito de não comparecerem, uma vez que estão presos e que têm muito a dizer à CPMI. O trabalho da Polícia Federal e do Supremo é muito diferente da CPMI”, disse o senador.
O senador esclareceu que a comissão realiza um trabalho de investigação que busca entender como o “roubo da Previdência” ocorreu. Ele espera que o ministro Mendonça reconsidere sua decisão, permitindo que os dois investigados compareçam à CPMI, nas próximas segunda e quinta-feira.