Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Porto Velho. Foram cinco dias, de 25 a 29 de agosto, levando cinema de animação a estudantes e educadores da rede pública de Rondônia. De um lado, animação na tela. Do outro, a animação estampada nos olhos de quem assistia. Entre uma cidade e outra, ficou evidente a carência não apenas de arte, mas de tudo aquilo que toca a transcendência do ser humano, aquilo que nos faz lembrar o sentido de nos movermos.
A palavra “animação” vem de anima, do grego anemon, que pode significar “alma” ou “movimento”. E se tem algo que torna o vislumbre da arte possível, é esse movimento que projetos como o FICAR provocam. Movimento cultural, mas também econômico: ao passar por cada município, o festival não levou apenas cinema às escolas, mas também gerou impacto direto na vida local. Equipes de montagem e exibição, hospedagens, alimentação, transporte — cada detalhe da produção deixa sua marca, beneficiando a cidade e seus moradores.
A coordenadora pedagógica do festival, Carmela Tacaná, reforçou o papel da arte na educação. “O cinema é mais do que entretenimento, é ferramenta de aprendizado e transformação. Quando a escola se abre para esse diálogo, o aluno passa a enxergar o mundo de outras formas. O FICAR deixa essa semente plantada, e é isso que importa”, afirmou.
Tudo isso só foi possível porque o FICAR – Festival Infantil de Cinema de Animação de Rondônia chegou à sua 2ª edição por meio do Edital nº 06/2024 – SEJUCEL/SIEC – Fomento para Formação, Difusão e Apoio à Sala de Cinema – Eixo I – Difusão – Categoria A – Festivais de Cinema, com recursos da Lei Paulo Gustavo, e apoio do Governo do Estado de Rondônia, FEDEC, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Para Izadora Jemima, uma das coordenadoras do FICAR, o saldo é de realização e esperança. “Nosso objetivo sempre foi democratizar o acesso ao cinema e, ao mesmo tempo, despertar nos estudantes a capacidade crítica e criativa. Ver os olhos brilhando diante da tela e ouvir as reflexões que eles fazem depois de cada sessão é a prova de que estamos no caminho certo”, destacou. “E se a animação é movimento da alma, como indica sua origem, o FICAR cumpre sua missão ao colocar isso em tela e ao deixar que ela continue viva na imaginação de quem assistiu”, completou.
O FICAR acabou. Mas ficou o impacto do acesso ao cinema de animação em escolas públicas. Ficou o encantamento da oficina formativa que despertou potenciais criativos em crianças e adolescentes. Ficou também a troca direta com cineastas rondonienses, que mostraram que produzir na Amazônia é um ato de resistência e, sobretudo, de pertencimento.
A programação do FICAR – Festival Infantil de Cinema de Animação de Rondônia – 2ª Edição, aconteceu nas escolas públicas, com exibição de filmes de animação, oficina, roda de conversa e homenagem:
Dia 25 de agosto – Guajará Mirim – Escola EEEMTI Simon Bolívar – exibição de animações nos períodos matutino e vespertino;
Dia 26 de agosto – Nova Mamoré – Escola EEEFM Salomão Silva – exibição de animações nos períodos matutino e vespertino;
Dia 27 de agosto – Porto Velho – Escola Oswaldo Piana – Oficina de Pixilation (matutino) e exibição de filmes nos períodos matutino e vespertino;;
Dia 28 de agosto – Porto Velho – Escola Mariana – exibição de animações nos períodos matutino e vespertino;
Dia 29 de agosto – Porto Velho – Escola Estudo e Trabalho – Período Matutino – exibição de animações; Período Vespertino – Roda de Conversa com o tema “Sobre desafios em fazer animação em Rondônia”, com os cineastas de Rondônia Juraci Júnior e Édier William e logo após homenagem ao professor e cineasta de animação Marcos Magalhães.
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FICAR – Festival Infantil de Cinema de Animação de Rondônia – 2ª Edição – Edital nº 06/2024 – SEJUCEL – SIEC – Fomento para Formação, Difusão e Apoio a sala de cinema – Eixo I – Difusão – Categoria A – Festivais de Cinema, com recursos da Lei Paulo Gustavo, com apoio do Governo do Estado de Rondônia, FEDEC, Ministério da Cultura e Governo Federal. Realização: Associação Ambientalista Verde Vida