Antes vista como “bebida de tiozão de boteco”, hoje a caninha já desfila de salto alto nos bares mais chiques do país. Do Amazonas ao Rio Grande do Sul, ela ganhou carta VIP nas coquetelarias, com rótulos que fariam inveja a qualquer whisky importado.
E não é só fogo na goela, não: a cachaça é um universo de sabores. Tem a branquinha básica, a dourada fashionista, a amadeirada cheia de notas de baunilha e até as que parecem ter saído direto de um filme de época — cada madeira dá um toque especial. Amburana, bálsamo, jequitibá… é praticamente um Tinder de madeiras exóticas!
Dica de especialista: quer saber se a cachaça é boa mesmo? Comece pela branca, sem maquiagem de barril. Se ela já brilhar sem disfarce, é sinal de que o produtor manda bem no alambique.
Mas cuidado com as “cachaças do seu Manoel, primo da sogra, engarrafada em garrafa PET”: se tiver mais metanol que um laboratório de química, pode até causar cegueira. Prefira sempre as registradas e com procedência garantida — porque ninguém quer virar meme no hospital, né?
História também tem! A cachaça já foi símbolo de rebeldia na Inconfidência Mineira. Reza a lenda que Tiradentes pediu “molhem minha goela com cachaça da terra” antes de ser enforcado. Isso é que é patriotismo etílico!
E não caia no papo de que só a mais cara é boa. Tem cachaça top por menos de 50 reais que dá um baile em muito destilado gringo.
Então, neste Dia da Cachaça, faça um brinde à brasileira mais autêntica que existe. Só não vale exagerar — ou amanhã você acorda jurando que nunca mais… até o próximo sábado!