O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por 4 votos a 1, o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, entre outros. Apesar da sentença, Bolsonaro e os demais réus não serão presos de forma imediata, pois ainda podem recorrer da decisão. A prisão só será efetivada se os recursos forem rejeitados.
O ex-presidente já cumpre prisão domiciliar, mas por outro processo, que tramita no próprio STF. Ele é investigado por sua atuação junto ao governo de Donald Trump para promover medidas de retaliação contra o Brasil e ministros do Supremo Tribunal Federal. O filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também é investigado por envolvimento no caso.
Investigações e sanções
Na ação, o ex-presidente é investigado por enviar recursos via Pix para bancar a estadia do filho nos Estados Unidos. Em agosto, a Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro e Eduardo pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Nos últimos meses, o governo americano impôs uma série de sanções ao Brasil. Entre elas, estão tarifas de 50% para importações e punições financeiras ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso. Trump e membros de seu governo alegam que Bolsonaro é alvo de uma “caça às bruxas” e que Moraes age contra a liberdade de expressão de empresas americanas.