Um marco em sua carreira foi a defesa do ex-governador e atual senador Confúcio Moura (MDB), envolvido em múltiplas ações penais. Em quatro processos, Chediak obteve o reconhecimento da prescrição, encerrando os casos por decurso de prazo. Nos demais, conseguiu a remessa ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), com expectativa de resultados semelhantes. O ápice ocorreu com a absolvição de Confúcio e outros réus em um processo sobre contratos sem licitação. A decisão da 2ª Vara Criminal de Porto Velho, em maio de 2025, apontou ausência de provas concretas e destacou a fragilidade das acusações baseadas em delações não confirmadas. Chediak sustentou a defesa com base na insuficiência probatória, garantindo a aplicação do artigo 386, VII, do Código de Processo Penal.
Além das vitórias no mérito, o advogado mostrou profundo domínio das regras processuais, obtendo decisões que extinguiram a punibilidade e deslocaram competências. Quatro ações foram encerradas definitivamente, enquanto outras cinco seguem no STJ com forte tendência à prescrição. Esses resultados consolidaram sua imagem como um profissional técnico, combativo e respeitado, capaz de assegurar o pleno exercício do direito de defesa mesmo sob pressão política e midiática.
Outro caso de destaque foi a defesa de Wagner Strogulski, acusado pelo assassinato da estudante Naiara Karine. Após três anos de atuação, Chediak obteve a absolvição unânime no Tribunal do Júri, comprovando a inocência do cliente. Antes do julgamento, conseguiu revogar a prisão preventiva de seu representado, evidenciando sua abordagem estratégica e diferenciada. Além da defesa técnica, contribuiu para aprofundar investigações sobre o possível mandante do crime, reforçando seu compromisso com a verdade real e a justiça plena.
Em outra ação de repercussão, Chediak representou Confúcio Moura em uma queixa-crime contra o deputado Hermínio Coelho, que havia feito ofensas públicas ao então governador. A tese jurídica apresentada permitiu a quebra da imunidade parlamentar, estabelecendo precedente importante sobre os limites da liberdade de expressão no exercício do mandato.
Em 2025, Chediak atuou na defesa do influenciador Enzo Master, responsável por deixar uma bomba falsa no Aeroporto Internacional de Porto Velho. Argumentou que o episódio configurava uma brincadeira irresponsável, e não terrorismo, demonstrando arrependimento eficaz do jovem. O resultado foi a revogação da prisão preventiva, permitindo que Enzo respondesse em liberdade.
Além da prática, Chediak se destaca pela formação acadêmica. Autor de obras jurídicas como Prisão Preventiva: Reflexões a partir de seus Limites Jurídicos (UFF, 2017) e A Retórica como Instrumento Legitimador da Prisão Cautelar Preventiva (PUC-SP, 2022), ele alia teoria e prática, consolidando-se como uma referência em defesa criminal em Rondônia.