A reportagem levada ao ar no domingo (7) pela emissora Globo revelou que um dos principais líderes atualmente à frente da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), cujo líder supremo é Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola”, está abrigado na cidade de Santa Cruz de la Sierra.
Na Bolívia, o criminoso estaria desfrutando de uma vida de luxo e riqueza. Segundo o jornalista Diego Seas do site El Deber, a presença do fugitivo brasileiro surge em meio à crescente criminalidade e violência no departamento de Santa Cruz nos últimos três meses, com sequestros, mortes e disputas por rotas de tráfico entre gangues internacionais.

Sergio Luiz de Freitas Filho, conhecido pelos apelidos de “Mijão”, “Xixi” ou “2X”, se estabelece na capital Santa Cruz há mais de 10 anos. Investigações do Ministério Público, o bandido mantém uma rotina luxuosa em condomínios fechados, protegidos por muros altos e segurança reforçada. “Sergio Luiz de Freitas morou em pelo menos seis mansões em Santa Cruz , e em uma delas “o aluguel que ele pagava chegava a quase R$ 5 mil”, afirma a publicação do El Deber.
Ainda segundo investigação, Sergio Luiz entrou em território boliviano com identidade falsa. E com o nome de Sergio Noronha Filho, pôde circular livremente pela região leste. O nome dele estar em alerta vermelho pela Interpol. O promotor Lincoln Gakiya, explica que “Sergio Luiz foi enviado à Bolívia por Gegê do Mangue, outro líder do PCC. A função dele era supervisionar o envio de pasta base de cocaína para o Brasil”.
Há 12 anos, o Departamento de Repressão às Drogas dos EUA apontou um brasileiro como parte de uma quadrilha com operações criminosas a partir do Brasil, Paraguai e Bolívia. O governo brasileiro, por meio da Polícia Federal (PF), disse que mantém “monitoramento constante de foragidos e tem cooperado com a Bolívia. Entre 2018 e 2019, o grupo PCC, ligado a Sergio Luiz, movimentou mais de um bilhão de reais”, diz o documento obtido pela Globo. Com informações de El Deber.