A Rússia realizou neste domingo (7) o maior ataque aéreo contra a capital da Ucrânia, Kiev, desde o início da guerra em 2022. A ofensiva, que envolveu cerca de 810 drones e 13 mísseis, resultou na morte de ao menos cinco pessoas e deixou mais de 20 feridos. Pela primeira vez, um prédio que abriga os gabinetes dos ministros ucranianos foi atingido.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky condenou o ataque, chamando-o de “um crime deliberado” e um “prolongamento da guerra”. Ele fez um novo apelo aos aliados para que reforcem as defesas aéreas da Ucrânia. O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, também se manifestaram, condenando o ato.
Ofensiva russa e o cenário do conflito
A Rússia, por sua vez, confirmou o ataque, afirmando que os alvos foram fábricas de armamentos, infraestrutura de transporte e aeródromos militares ucranianos. As autoridades ucranianas relataram que a ofensiva também causou danos em outras cidades, como Zaporizhzhia, Kryvyi Rih e Odesa.
Apesar da Ucrânia afirmar ter neutralizado a maior parte dos drones e mísseis, nove mísseis e 56 drones atingiram 37 localidades. O ataque, que reflete o crescente pessimismo sobre o fim do conflito, ocorreu em meio a discussões internacionais sobre o cessar-fogo. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse estar trabalhando em garantias de segurança para a Ucrânia.