O cineasta Silvio Tendler, de 75 anos, faleceu na manhã desta sexta-feira, 5 de setembro, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por sua produtora, a Caliban, que comunicou o falecimento em suas redes sociais. Tendler estava internado no Hospital Copa Star, em Copacabana.
O documentarista deixou uma vasta obra de mais de 100 títulos, notabilizada por seu caráter político e histórico. Entre seus trabalhos mais conhecidos, estão os longas-metragens sobre ex-presidentes brasileiros, como “Os anos JK — Uma trajetória política” (1980) e “Jango” (1984). Ele também dirigiu documentários sobre figuras importantes da cultura e do pensamento brasileiro, como “Josué de Castro – Cidadão do Mundo” (1994) e “Milton Santos – Pensador do Brasil” (2001).
Tendler é reconhecido por ter alcançado a maior bilheteria para um filme nacional em seu segmento com “O Mundo Mágico dos Trapalhões” (1981), que atraiu 1,8 milhão de espectadores. Sua contribuição para o cinema foi reconhecida com duas condecorações pelo governo federal: a Ordem de Rio Branco, em 2006, e a Ordem do Mérito Cultural, em 2025.
A produtora do cineasta declarou que ele “deixa a semente da justiça social plantada em todos nós”. A Casa Rui Barbosa, ligada ao Ministério da Cultura, ressaltou que Tendler dedicou a vida a “contar a história recente do país com coragem, compromisso e denúncia”. O sepultamento de Silvio Tendler está marcado para domingo (7), às 11h, no Cemitério Comunal Israelita do Caju, no Rio de Janeiro.