Industriais brasileiros, liderados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), estão nos Estados Unidos para articular com empresários americanos uma pressão conjunta sobre o governo de Donald Trump. O objetivo da comitiva é reverter ou negociar as altas tarifas impostas sobre produtos brasileiros. A missão, que conta com cerca de 80 empresários do Brasil, inclui representantes de federações industriais de estados como Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, afirmou que o setor industrial dos dois países está trabalhando em sinergia para que os governos se sentem à mesa de negociação e encontrem uma saída para a crise. Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), André Rocha, a intenção é conseguir uma redução nas taxas ou aumentar a lista de produtos isentos.
Conflito político e tarifas
O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que a missão busca um diálogo com critérios técnicos e comerciais, a fim de combater os equívocos políticos que geraram o conflito. As sanções dos Estados Unidos, que incluíram a imposição de tarifas de 50% sobre as importações de produtos brasileiros, fazem parte de uma série de ações para tentar interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em resposta às tarifas, o governo brasileiro anunciou o Plano Brasil Soberano, um conjunto de medidas de apoio a empresas, exportadores e trabalhadores afetados. O plano prevê novas linhas de crédito e aportes em fundos garantidores, com o objetivo de fortalecer o setor produtivo e proteger empregos.