A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro alegou no Supremo Tribunal Federal (STF) que não existe uma única prova de sua participação na trama golpista. O advogado Celso Vilardi afirmou que Bolsonaro foi “dragado” para os fatos investigados e que o processo se baseia em uma delação e uma minuta de golpe encontrada no celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Para o advogado, Cid não é uma testemunha confiável e teria mudado a versão dos fatos diversas vezes. Vilardi também criticou o tempo concedido à defesa, alegando que não houve prazo suficiente e nem acesso a todo o material do processo.
O que diz a acusação
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reafirmou que o ex-presidente e o general Braga Netto atuaram como líderes de uma “trama conspiratória armada” para reverter o resultado das eleições de 2022. Gonet destacou que testemunhos e documentos comprovam que Bolsonaro liderou a tentativa de golpe e que os fatos “não tiveram como ser negados”.
O julgamento da Primeira Turma do STF, que começou no dia 2 de setembro de 2025, pode condenar o ex-presidente e outros sete aliados por crimes como golpe de Estado e organização criminosa. A previsão é que a sentença seja conhecida nos próximos dias.