A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados alarmantes nesta terça-feira, 2 de setembro, revelando que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem de algum tipo de transtorno mental, incluindo ansiedade e depressão. A instituição alerta que, apesar dos avanços em políticas de saúde mental em alguns países, ainda são necessários mais investimentos e ações para proteger e promover o bem-estar mental da população.
A OMS destaca que os transtornos mentais são a segunda maior causa de incapacidade de longo prazo, afetando a qualidade de vida e gerando imensos prejuízos econômicos. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou que investir em saúde mental é investir em pessoas, comunidades e economias.
O impacto devastador do suicídio
O relatório da OMS aponta que o suicídio continua a ser uma consequência devastadora dos transtornos mentais, ceifando cerca de 721 mil vidas em 2021. É uma das principais causas de morte entre jovens, em todos os contextos socioeconômicos. A organização ressalta que o progresso na redução das mortes por suicídio é insuficiente para atingir a meta da ONU de reduzir as taxas em um terço até 2030.
O impacto econômico também é significativo. A OMS estima que os custos indiretos de depressão e ansiedade, principalmente a perda de produtividade, custem à economia global cerca de US$ 1 trilhão por ano. A agência conclui que é urgente um maior investimento, priorização e colaboração multissetorial para expandir o acesso aos serviços de saúde mental, combater o estigma e tratar as causas dos problemas.