O Ministério da Saúde selecionou 501 médicos que vão atuar em todo o país pelo programa Agora Tem Especialistas. Distribuídos em 212 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal, eles serão destinados a regiões onde há falta desses profissionais.
Para o Norte, serão destinados 66 profissionais. Todos os sete estados da região serão contemplados. Rondônia receberá sete médicos para atuarem nos municípios de Rolim de Moura (2), Jaru (2), Vilhena (1), Ariquemes (1) e Porto Velho (1). O destaque fica para o Pará, que receberá 27 médicos. Já para Roraima serão destinados 12 profissionais; Amazonas, 10; Acre, 5; Tocantins, 3; e Amapá, 2.
Do total de médicos selecionados, 67% vão reforçar o atendimento no interior do Brasil em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia. Assim, ampliarão a assistência à saúde da população, reduzindo o deslocamento para os grandes centros urbanos.
Considerando as regiões remotas do país, 25,7% atuarão em áreas classificadas como de alta ou muito alta vulnerabilidade; 20% na região da Amazônia Legal; e 9% em áreas de fronteira.
Esses profissionais integram a primeira chamada de edital inédito do programa, que pela primeira vez selecionou médicos já especialistas para atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS). Com média de 12 anos de experiência, eles reforçarão o atendimento em 258 hospitais, policlínicas, centros de apoio diagnóstico e outras unidades públicas nas cinco regiões do país.
“Precisamos de iniciativas ousadas como o Mais Médicos Especialistas, que vai garantir, pela primeira vez, a atuação de profissionais especialistas no SUS e reduzir o tempo de espera da população por atendimento”, comentou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A iniciativa atraiu 993 inscritos. Desses, 501 já começam em setembro e outros 400 ficam em lista de espera.
Além do atendimento, os médicos contarão com 16 cursos de aprimoramento em áreas como cirurgia, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia. A formação será prática, em hospitais da Rede Ebserh e do Proadi-SUS, com duração de 12 meses.
Os profissionais também terão bolsa-formação de até R$ 20 mil, conforme a vulnerabilidade da região em que forem atuar.